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Mensagens

A mostrar mensagens de 2014

Venha de lá 2015

Imagem retirada da Internet Mais um ano que termina com a sensação que não avancei grande coisa no projecto do homem que quero ser! Este ano que agora termina deixa um travo amargo na minha boca e não quero deter-me muito tempo a pensar nas desilusões que me trouxe. Prefiro guardar dele algumas vitórias que tive e encarar o futuro com a ânsia de corrigir aquilo que é corrigível no ano que se prepara para entrar. Sou, por natureza, uma pessoa positiva e optimista. Assim, deixo aqui a promessa de trabalhar com redobrado ânimo para inverter aquilo que vivi em 2014 e tornar o próximo ano num período do qual me possa orgulhar. É com esse espírito que encaro este último dia de Dezembro: os olhos postos num ano novo em folha para escrever lindas estórias. Tenho ideias, tenho projectos, tenho ambições, tenho anseios. Não me falta força, não me falta determinação, não me falta apoio, não me falta matéria-prima. Espero que não me falte o talento e a sorte (nisto também é preciso)

INCOERÊNCIAS

Imagem retirada da Internet Digo-vos, francamente, que não ia comentar o acontecimento mais marcante dos últimos dias: a prisão de um ex-primeiro-ministro de Portugal! Não ia!!!! Não posso, no entanto, deixar passar algumas ideias perigosas que tenho lido e ouvido nos últimos dias. A começar por este artigo de opinião de Artur Coimbra. Nessas linhas é ressuscitada a teoria de todos contra o PS, da "cabala", da "teoria da conspiração", da intromissão no "calendário político", insinuando que este acontecimento foi propositadamente encenado para retirar o brilho à entronização de António Costa como secretário-geral do Partido Socialista. Noutro ponto defende que um ex-qualquer coisa nos "órgãos superiores do Estado" devem ter um tratamento diferente do comum dos mortais. Ou seja, uns devem ser tratados como filhos, outros como enteados. Pede respeito por um ex-primeiro-ministro quando ele próprio não se coíbe de, repetidamente, de

1º Aniversário

Imagem retirada da internet Há um ano atrás tomei a decisão de abrir este "cantinho", minha janela sobre este pedaço de mundo que me rodeia. Confesso que não foi uma decisão muito amadurecida mas, tal como muitas outras coisas da nossa vida, resultado de um impulso que não quis, ou não soube, dominar. Não me arrependo da minha decisão porque o "troco" que tenho trazido é muito encorajante. Este foi um ano particularmente agitado e este espaço serviu muitas vezes para espiar as coisas menos boas que me aconteceram. Tentei sempre ser justo, honesto, frontal mas não consigo retirar uma considerável carga emocional daquilo que escrevo. Sou assim. Não faço jornalismo. Emito opiniões. Percebi que dizer mal colhe mais do que elogiar. Não será por isso que vou "disparar" só para ter mais leituras, comentários ou partilhas. Escrevo o que me apetece, quando me apetece e serei sempre responsável (nas) pelas palavras que aqui deposito. Fiquei surpre

Fafe 2015

Nos últimos dias foi conhecido e aprovado o orçamento municipal de 2015, instrumento que a Câmara de Fafe propõe para nos governar. Em 2 anos o orçamento da autarquia "encolheu" quase 20 % e a decisão do executivo, na linha do que se vinha fazendo, de devolver parte do IRS pago pelos fafenses e da aplicação da taxa de IMI mais baixa contribuem, também, para essa menor receita. Ainda assim, o executivo acredita que pode fazer mais e melhor com menos dinheiro ( a redução em relação a 2014 não é significativa) colocando o enfoque na área social que vê a sua importância reforçada.  A descentralização será reforçada com um crescimento significativo da transferência para as freguesias algo que, à partida, me parece muito positivo. Parte das atenções estarão viradas para o que estes autarcas vão fazer com este reforço de verbas. Até porque da avaliação da sua acção poderá resultar um aumento gradual do seu orçamento anual.  Muito da "capacidade de fazer" de

1 ANO DEPOIS

Quase a celebrar-se um ano sobre a tomada de posse do executivo camarário de Fafe, o semanário "Noticias de Fafe" fez uma ronda de entrevistas com os líderes políticos ali representados. Registo a elevação, educação e respeito entre eles  a sinceridade que transparece das suas palavras, o empenho de todos em contribuir para o desenvolvimento do concelho e o distanciamento em relação à politiquice. Registo um "apagão" dos restantes vereadores do PS (com referências muito vagas nas 3 entrevistas) fruto, talvez, da ascensão da imagem do Presidente e cabeça de lista desse partido. Essa é, para mim, a nota mais unânime: a surpresa, pela positiva, da acção, da postura e da capacidade do Dr Raul Cunha. Comungo, pessoalmente, dessa opinião. Há, reconhecidamente, uma nova filosofia naquela casa algo que já tinha sentido e confessado aqui  mas que me sinto obrigado a voltar a referir. Serão ao nível da comunicação as diferenças mais visíveis e é da mais elemen

Festival Gastronómico da Vitela Assada

Imagem oficial do evento Inchado de orgulho!!!! É como me sinto, como fafense, na ressaca do festival gastronómico da vitela assada. Desde a programação, à montagem (e desmontagem), à limpeza, à comunicação, ao envolvimento dos restaurantes e da população. Não há organizações perfeitas mas, ainda para mais numa 1ª edição, esta esteve num nível altíssimo e deve servir como standard de qualidade para futuros eventos. Confesso que estava expectante (embora acreditasse no projecto) mas desfiz todas as minhas dúvidas logo na 6ª feira: espaço agradável, ambiente "quente", logística irrepreensível e população com enorme vontade de participar. Ingredientes suficientes para convencer os mais cépticos (o que até nem era o meu caso). Claro que haverá pormenores a rever mas essa discussão deverá ser feita mais a frio e devemos, todos, gozar o sucesso desta iniciativa. Até já!!!!

Revisão do PDM de Fafe

Imagem retirada da Internet Parece que, ao fim de mais de uma década de avanços e recuos, promessas entretanto desmentidas e outras peripécias, será desta que o plano director municipal de Fafe será revisto. Sendo este um instrumento de planeamento de um território relativamente recente na nossa história (pelo menos de uma forma obrigatória e sistemática) a revisão desse documento ao fim de 20 anos chega com algum atraso. A alteração do enquadramento legislativo "obrigou" a acelerar o processo o que, como é normal em Portugal, colocou certa pressão para o cumprimento dos prazos. Era assim ou manter os planos e submeter o documento a um regime legal mais restritivo (o que, em si, não era propriamente um defeito) e a uma nova "derrapagem" de datas. Defendo que não há mais tempo a perder e, assim, subscrevo a opção do executivo camarário. Esta situação poderá resultar em erros por falta de amadurecimento das opções mas, convenhamos, nunca haveria a

Novo fôlego para o PS

Imagem retirada da internet Terminou hoje a grande novela em volta da liderança do PS.  Há 3 anos se sabia que António José Seguro não chegaria a disputar as legislativas. Os altos poderes do partido nunca permitiriam que isso acontecesse, como se demonstrou. Chega António Costa e isso parece animar as massas socialistas. O partido vem num ciclo vitorioso e este novo élan terá, presume-se, a capacidade de mobilizar o seu eleitorado rumo a uma vitória em 2015.  Veremos se será assim. Começou mal o vencedor destas eleições (chamemos-lhe assim) ao não ter uma única palavra para o seu adversário nesta "corrida". Até porque Seguro foi líder numa fase particularmente difícil para os socialistas. Ingratidão é uma coisa muito feia mas muito habitual na política. Depois não se admirem com a distância entre a política (os políticos, melhor dizendo) e as pessoas. Acho, também, que o agora candidato a 1º ministro (!!!) deveria ter anunciado o que faria depois

PDM de Fafe

Imagem Oficial retirada da página de facebook do Município de Fafe Acabo de chegar da conferência "Que caminho para o PDM de Fafe", promovido pela autarquia. Numa sala cheia de apaniguados políticos, presidentes de junta, promotores e técnicos ligados ao sector da construção civil, funcionários do município, confesso que me senti um bocado como "peixe fora de água". Da conferência ressalta que o projecto de revisão continua no segredo dos deuses, Desenganem-se aqueles que este evento iria desvendar uma ideia, uma linha orientadora, uma luz (pequena que fosse) sobre aquele instrumento de planeamento. Continua por desvendar aquilo que o município pensa ser o caminho que o concelho deve perseguir. Se é pela concentração dos aglomerados ou pela continuação da pulverização da ocupação do solo. Se é pela concentração de serviços ou pela descentralização. Que áreas económicas entende serem estratégicas para o desenvolvimento do território. Especialização

Os caminhos tortuosos da educação

Imagem retirada da internet O mês de Setembro marca, tradicionalmente, o regresso dos nossos filhos à escola.  Mais do que nunca, a educação dos nossos jovens é um assunto que preocupa os mais velhos. Dotar a nossa descendência das melhores competências envolve escolhas que tentamos fazer racionalmente mas em que a emoção tem grande preponderância. Muitas vezes sucumbimos à tentação de planear a vida deles como se da nossa se tratasse.  A escolha da melhor escola, do melhor curso, do melhor local para estagiar, etc. etc.. Li há uns tempos atrás que a última despesa em que os portugueses "cortam" é na educação. Acredito que assim seja! O sucesso das instituições de ensino particulares com listas de espera na admissão de alunos e bons resultados nos rankings (que valem o que valem) são o reflexo desse investimento. Desde a pré-primária até ao ensino secundário ( o superior tem contornos ligeiramente diferentes) a escola pública está a perder espaço a um ritmo a

Seguro vs Costa

Imagem retirada da internet O 1º debate para essa originalidade socialista de escolher um candidato a 1º ministro (!!!!!), saldou-se num enorme saco cheio de...nada! Muito nervosismo (Judite de Sousa incluída), acusações de deslealdade e traição (não contrariadas até porque são por demais evidentes) e ZERO de ideias. Jornalismo mais preocupado em explorar as questiúnculas entre facções em vez de explorar ideias, projectos (António Costa confessou nem o ter!!!) e políticas. Passos Coelho e Paulo Portas devem ter rebolado de tanto riso. Até já!!!!

Regresso

Imagem retirada da Internet Está quase no fim o período de férias de milhares de portugueses! O trabalho e a escola receberam (ou vão, em breve, receber) uma imensa mole de gente bronzeada e a queixar-se que as férias foram curtas. Sempre foi assim! Esta paragem de todo um país é coisa que eu não entendo e que nem me parece condizente com as melhores práticas de gestão. Claro que são as férias escolares a ditar este "volto já" no país inteiro mas parece-me que este paradigma terá de mudar (reconheço que já houve ligeiras alterações nos últimos anos). Até porque as interrupções lectivas são suficientemente alargadas para se fazer uma gestão mais inteligente dos períodos de férias. É frustrante e castrador tentar trabalhar com normalidade durante o mês de Agosto (e parte dos meses de Julho e Setembro). Além de obrigar a um nível de aprovisionamento preventivo muitas vezes desnecessário, a capacidade de improviso e de resposta a situações especiais fica dramati

Emigração Portuguesa

Agosto é, por excelência, o mês em que as nossas terras se despejam dos residentes habituais e se enchem de população emigrante! Quanto aos locais, desejo-lhes boas férias mas o que origina este texto é mesmo essa franja da população que chega de França, da Alemanha, do Luxemburgo, da Suiça, etc. Falo dos emigrantes veteranos porque os novos emigrantes, ultimamente muito citados, escolheram países diferentes para tentarem a sua sorte. Os outros partiram com muito menos alarido, com menos qualificações, com menos conhecimentos da língua do país de acolhimento, deixando muito menos para trás. Tinham muito menos informação sobre o que os esperava, muito menos quem os ajudasse no destino e uma viagem feita por caminhos tortuosos. Muitos foram mal recebidos e tiveram de lutar contra a vontade de regressar a casa. Uma casa que não tinha lugar para eles, que não lhes apresentava oportunidades, que os empurrou para fora daqui. No seu regresso anual para férias e visita a fami

Fafense orgulhoso

Nascido e criado nesta cidade (na minha infância, vila), sou um fafense orgulhoso das minhas raízes. Hoje, passo a maior parte do meu tempo entre duas freguesias do concelho, Arões (Santa Cristina), onde vivo, e Cepães, onde trabalho. Este parágrafo serve como nota justificativa à minha intervenção pública, em várias plataformas, que alguns já viram como tendo outras intenções para além do amor à terra, aliado à capacidade de pensar. Se a isso aliarmos o gosto pela escrita e alguma dose de coragem para se dizer o que se pensa, penso que está encontrada a justificação para os meus actos. Nos últimos dias tenho-me deliciado com algumas das "pérolas" do nosso concelho: os percursos pedestres, a barragem de Queimadela, o renovado recinto da feira semanal e o esmagador verde da nossa zona norte. O verão tímido não retira pitada às nossas belezas e tenho pena daqueles que, por uma razão ou outra, não capitalizam estes recursos.  Cada vez mais me convenço que Fafe te

Festas da Cidade

Cartaz Oficial Fecha-se o pano sobre a edição 2014 das festas da Cidade de Fafe. Agora cabe a todos fazermos uma avaliação do que foi feito e, friamente, retirar conclusões. Já se sabe que não há programa capaz de agradar a todos, por isso, o que mais importa é avaliar a capacidade de realização. Dessa avaliação devem extrai-se ensinamentos para o futuro porque errar, todos erramos. Repetir os mesmos erros é que já não é aceitável. Há coisas mais ou menos óbvias que resultam de quem vê de fora: programação mais atempada (até para haver mais hipóteses de escolha), divulgação com mais antecedência, maior envolvimento das associações do concelho, abertura de eventos para as camadas mais jovens. Penso que estes itens são, mais ou menos, consensuais. Parece-me uma aposta ganha o regresso das festas ao centro da cidade, tal como vinha sendo proposto por muita gente. Essa nova centralidade cria alguns problemas logísticos que poderão ser resolvidos com uma gestão de espaços m

TURISMO EM FAFE

Foto retirada de www.cm-fafe.pt Ao contrário do que tem sido voz corrente nos últimos tempos, Fafe não tem grande potencial turístico. Essa é, infelizmente, a nossa realidade. Apesar disso há espaço para trabalharmos nessa área e fazermos coisas interessantes. Não temos património edificado mas temos património natural. Não temos grandes massas de água mas temos uma grande “teia” de percursos pedestres. Não temos praias mas temos a gastronomia. Não temos clima tropical mas temos tradições. Nesta perspectiva e tendo em conta que quando falamos de turismo falamos de experiências, a aposta de um destino como Fafe tem de ser na qualidade daquilo que se oferece a quem nos visita. A começar na recepção e terminando na despedida o tratamento ao turista tem de ser consentâneo com a hospitalidade minhota: afável, educado, atencioso mas deixando ao “hóspede” a necessária liberdade. Depois precisamos de apresentar infra-estruturas de qualidade e serviços de apoio adequados à qua

Parcídio vs Moncho

           VS Nos últimos dias, os media têm trazido a público um novo ataque dos IPF ao projecto Fafe Cidade das Artes, em geral, e a Moncho Rodriguez, em particular. Francamente, do que li e ouvi, não fui capaz de retirar uma razão objectiva para a oposição dos IPF e de Parcidio Summavielle. Tirando a parte do FCA ser um projecto pago pelo município. Criticas à valia do projecto, à sua dimensão artística, técnica ou pedagógica, não captei. Pela informação que tenho, instituições como a Coopfafe e o ACR de Fornelos, instituições dirigidas por vereadores deste movimento político, foram (ainda são?) receptoras de acções incluídas neste projecto artístico. E muito bem, em minha opinião. No entanto, a ser verdade que essa colaboração existiu, tenho alguma dificuldade em aceitar esta postura dos vereadores dos IPF e do seu líder (particularmente agressivo nas últimas intervenções). Claro que todos temos direito a elogiar ou criticar esta ou aquela ideia desde que manten

De mal a pior

Um novo ciclo abre a perspectiva de mudança. Cria expectativas. São novas caras, novas ideias, novos métodos. Na política também é assim. O lado negro desta história é quando a mudança é...para pior! O que já não era bom conseguiu piorar por força de mudanças implementadas pela nova equipa. Um município que recusa a modernização administrativa, que não desiste da burocracia estúpida, que está na idade das trevas ao nível da informatização é um pesadelo para os seus munícipes. Deslocações, tempo de espera, desgaste emocional é tudo isto que os serviços municipais fazem questão de dar aos seus "clientes". Isto afasta as pessoas e cria um espaço que só pode ser preenchido por prestadores de serviços, onerando a relação entre o munícipe e o município. Será assim tão difícil agilizar estes processos? A prazo, pelo menos, parece-me que a relação custo-benefício será altamente positiva se implementarem uma gestão moderna, desmaterializada, electrónica em vez de "

Grato pela atenção

Imagem retirada da internet Ao fim de 7 meses e 10.000 visualizações, sinto-me honrado pela atenção que dezenas de pessoas entendem dedicar aquilo que escrevo aqui.  Confesso que, à partida, não tinha quaisquer expectativas acerca do impacto que a minha intervenção iria gerar ou do interesse que poderia suscitar. Foram vários os temas que foquei. Uns de carácter mais pessoal que reflectem o comprometimento que estabeleci. Outros de carácter mais interventivo, fruto da minha faculdade de pensar e ter opinião. Reafirmo o meu compromisso de fidelidade às minhas ideias e à verdade. Doa a quem doer e sem medo de enfrentar, olhos nos olhos, quem, eventualmente, se sinta desconfortável com os meus textos. Nunca entrei, nem entrarei, em questões pessoais e a minha análise será sempre aos aspectos públicos de pessoas ou instituições. Não posso deixar passar sem agradecer os vossos comentários (mantenho os comentários totalmente abertos e livres), as palavras de incentivo que mu

Debate "O Turismo em Fafe"

O debate sobre Turismo organizado pelo Club Alfa e que teve lugar no dia 7 de Junho, no Club Fafense, apresentou visões muito diferenciadas acerca do que este sector pode representar para Fafe. Mais do que aquilo que os separa importa aqui destacar o que une os opinadores que foram convidados a apresentar a sua visão. É opinião consensual que Fafe não tem potencial turístico relevante mas pode chamar atributos para, a partir daí, construir produto turístico.   Desde logo, destaca-se a necessidade de traçar uma estratégia de longo prazo! Dotar Fafe de uma identidade turística, uma “marca”, consonante com a estratégia a definir; Como atributos mais valiosos destacou-se a genuinidade, o verde da paisagem, a ruralidade, a arte de bem receber. Esses são activos importantíssimos e que importa maximizar; A aposta no Turismo no Espaço Rural será consequência lógica deste potencial.   A conservação e extensão da rede de percursos pedestres já existente será um complemento

Carlos Afonso é de Fafe

Foto de Nuno Lopes Escrevo estas linhas na ressaca do debate sobre turismo que ontem teve lugar no Club Fafense, numa organização do Club Alfa. O que aqui me traz é de ordem emocional e não uma análise ao que lá foi dito sobre o tema.  O professor Carlos Afonso enfrentou a plateia e desabafou a amargura que tomou conta dele. Revelou os seus planos para o futuro que passam por sair de Fafe onde, após um trabalho de paixão, foi ignorado pelo poder instalado. Ele não teve um projecto reprovado por qualquer razão. A sua ideia foi completamente ignorada. Não mereceu, sequer, uma negativa acompanhada de uma desculpa esfarrapada. Do outro lado...silêncio. Não vou fazer qualquer juízo de valor sobre o projecto que teria lugar na próxima 3ª feira, até porque o que conheço dele é uma breve descrição feita pelo seu mentor, mas o que não posso deixar passar em claro é a falta de respeito que o município demonstra para com um fafense (sem aspas) que já muito fez pela terra. Mais um

Hora da verdade

Retirada de observador.pt Os partidos políticos não têm emenda!!! Exemplos disso são inúmeros embora o que traga aqui hoje seja a guerra interna no Partido Socialista. Não é novidade para ninguém que António Costa estava à espera da melhor oportunidade para "empurrar" António José Seguro. Aparentemente, o momento escolhido foi após uma...vitória eleitoral!!! Curta vitória, dirão alguns. Uma vitória, dirão outros. Todos terão razão, obviamente. O problema é que, com Seguro, não "cheira a poder" ao aparelho socialista. Reconhecem boas possibilidades de vitória nas legislativas mas a pequena diferença não faz esperar outra coisa que não seja uma divisão de poder. Em circunstâncias de (quase) igualdade. Isso não é tolerável para um aparelho sedento de "cadeiras".  Não esqueçamos, porém, que António Costa fez há escassos meses um "contrato" com os lisboetas. Não esqueçamos, também, que o mesmo socialista teve oportunidade de se can

Novo fôlego

Retirado de http://cm-fafe.pt/ Foi recentemente anunciado o iminente arranque de uma nova  intervenção no parque da cidade. Alterar o actual estado do espaço é, em si, uma coisa positiva. Também já todos sabemos que aquilo que se vai fazer é muito limitado pelas disponibilidades financeiras do município e de fundos comunitários. Anoto como positiva a determinação de avançar, apesar dessa grande condicionante. Como complemento desta, registo, ainda, a notícia de melhoramentos a implementar na barragem de Queimadela ainda para esta próxima época balnear. O parque, em conjunto com a ciclovia (que considero das melhores coisas feitas em Fafe) poderão representar um novo fôlego para a qualidade de vida dos fafenses e eliminar um dos pontos negros da nossa cidade. Rejeitado o projecto inicial que previa uma multiplicidade de equipamentos naquele espaço, a filosofia desta empreitada vai no sentido de dotar a cidade de uma mancha verde. Pelo que sei, não foram abandonados algu

Expo Rural (?)

Imagem Oficial da Expo Rural 2014 Abriu hoje ao público mais uma edição da Expo Rural, integrada no programa das Feiras Francas de Fafe. Se eu fosse um forasteiro  e viesse procurar uma feira do mundo rural, algo que é sugerido pelo nome do certame, sentir-me-ia defraudado ao visitar o espaço da exposição. Que, de rural tem o nome e pouco mais. Para agravar o desagrado, o visitante ainda teria de pagar um ingresso (um valor simbólico de 0,50€) para visitar esse equívoco evento. Não quero desdenhar da exposição. Longe disso! Apenas quero vincar o ponto de vista de chamarmos às coisas aquilo que elas são. Quanto ao resto, gostaria de ver mais expositores, mais visitantes, muito negócio,enfim, que a Expo "qualquer coisa" fosse um sucesso. Ou então que fosse, realmente, rural. Desejando, se assim fosse, o mesmo sucesso. Esta fracção do programa das Feiras Francas de Fafe, de implantação relativamente recente, ganhou uma personalidade que se aproxima mais de uma

Fafe: onde tudo acontece!

Imagem retirada da internet Em Fafe parece que gostamos das coisas "secretas". Para um concelho com esta dimensão, há uma oferta de acontecimentos verdadeiramente notável mas, fora de determinados círculos, a informação não passa.Não divulgamos, não comunicamos, não chamamos gente para junto de nós. Que razões concorrerão para isto? Em minha opinião começa por um certo amadorismo nesta área. Depois porque se fazem os eventos com orçamentos "curtos" e, erradamente, a comunicação é sempre uma das rubricas sacrificadas. Ainda, um certo provincianismo ao não acreditar na nossa capacidade de realização e de atracção de públicos diferentes. Daqui resulta que uma agenda recheada passe (quase) completamente despercebida até aos fafenses quanto mais a forasteiros. Por outro lado, uma agenda demasiado preenchida potencia a saturação do público. Ainda para mais quando esse universo se reduz através de uma deficiente comunicação. A solução para isto seria

Regionalização

Não sendo um fanático, sou um apoiante da regionalização. Não como forma de criar uma nova classe dirigente mas como forma de fazer "deslizar" os centros de decisão na direcção dos governados. Cada vez mais me convenço que a distância entre uns e outros é uma das principais causas dos males do nosso país. Muitas vezes é usado para travar o processo o argumento  de maior controlo e transparência na gestão de competências e verbas por parte do governo central. Isso não colhe uma vez que há abundantes exemplos do contrário. De qualquer forma, um reforço de serviços de fiscalização seria sempre avisado e, na minha opinião, esse é sempre uma das tarefas fundamentais dos serviços centrais. Para além disso, a concentração de determinados serviços agrava as assimetrias regionais. Só uma profunda remodelação do modelo de governação do país poderá fazer convergir o pib per capita das diferentes regiões. É impressionante a diferença que este indicador apresenta na compara

Futebol-Indústria

Imagem retirada da internet Sou um apaixonado por desporto! Como bom português, não poderia deixar de ser um adepto de futebol embora me confesse um desiludido com os caminhos que esta modalidade tem seguido. Actualmente, sigo, desapaixonadamente, as notícias mas não sou espectador nem, sequer, telespectador. O espírito do futebol como desporto faliu e hoje reina o futebol-indústria com tudo o que isso implica. Não tenho nada contra o futebol enquanto negócio mas já me incomodam muitas das suas implicações. Desde logo a filosofia que se instala desde os mais tenros anos de formação. Não esqueçamos que mais de 90% dos miúdos que passam pelos escalões mais jovens nunca passarão desse patamar. Logo, é muito mais importante formá-los como cidadãos do que como atletas. Aqui incluo técnicos, dirigentes e...pais. Já assisti a situações completamente irreais do comportamento destes agentes "formadores" em que a última coisa a ser acautelada foi a formação dos jo

VERNIZ ESTALADO

Fiquei, sinceramente, surpreendido com as declarações de José Augusto Sousa, anterior líder do PSD-Fafe, impressas no Notícias de Fafe. Sabe-se agora que ele não aprovou a entrada dos candidatos do seu partido no executivo camarário, conferindo estabilidade à governação. Segundo depreendo, agora é uma suposição minha, ele preferia o PS a governar sozinho e em minoria com a instabilidade daí inerente à solução estável encontrada com a entrada de dois vereadores do seu partido. Fazendo uma leitura das suas declarações, a entrada desses dois vereadores corresponde a um projecto pessoal de ambição de poder prejudicando, assim, a estratégia eleitoral do PSD concelhio em futuras eleições. Assume, ainda, a grande derrota eleitoral mas logo se apressa a deitar as culpas ao candidato que ele próprio escolheu.  Na minha opinião, fez muito bem retirar-se da corrida a novo mandato (se bem que não tenha fechado a porta a futuras candidaturas) porque, aparentemente, foi derro

25 de ABRIL!!! SEMPRE?

Imagem retirada da Internet A poucos dias de assinalarmos a passagem do 40º aniversário da "Revolução dos Cravos", interrogo-me acerca daquilo que a data representa para o Portugal do século XXI. A minha geração foi, provavelmente, aquela que se começou a desligar do verdadeiro significado da passagem do regime. Em 1974 estava, ainda, em idade pré-escolar e a minha consciência política era, como calculam, nula. Lembro-me, vagamente, de explosões de "bombas" (uma delas a escassos metros do sítio onde vivia), agitação nas ruas, manifestações mas não tinha discernimento para distinguir esses acontecimentos das festas da srª de Antime ou dos "16 de Maio". Fruto da liberdade recém-conquistada, tive uma adolescência bastante politizada em que ainda havia um certo romantismo nessa actividade e em que colar cartazes e empunhar bandeiras não era, ainda, o início de uma carreira! Nessa altura dominava uma visão maniqueísta da dicotomia esquerda\direita

Algo vai mal no Fafe Cidade das Artes

Sou, desde a primeira hora, um entusiasta do Fafe - Cidade das Artes . Neste espaço já abordei o tema com referências elogiosas e disso não me arrependo nem me retracto. Mantenho tudo o que disse. Regresso ao tema, em forma de alerta, porque me têm chegado aos ouvidos alguns comentários menos positivos sobre projecto.  Desde logo algum mal-estar com algumas associações do concelho que não se sentem valorizadas na sua participação, que não têm acolhimento para as suas ideias e projectos, que ficam escondidas ou subalternizadas atrás de um projecto profissional. Começo a notar um "divórcio" entre a população e a ideia, algo a que não será estranha a polémica sobre o custo do Fafe - Cidade das Artes que, segundo a oposição personificada pelos Independentes Por Fafe, não é, apenas, de cerca de 50.000€ porque essa verba representa os custos directos do protocolo. Outra parcela relativa a custos de produção e promoção de espectáculos, utilização de espaços e outros me

Pensar Fafe

Imagem retirada da internet Uma das minhas maiores críticas aos poderes instalados é a pouca abertura a ideias que venham de fora da sua "entourage". Não sendo os nossos eleitos os donos do saber, penso que seria de todo aconselhável que abrissem uma discussão sobre as melhores ideias para um desenvolvimento sustentável e harmonioso. Claro que entendo que há um programa para cumprir. Esse programa foi apresentado, votado e eleitos os seus proponentes. Também sei que são muito poucas as pessoas que lêem esses documentos. Tenho como exemplo as últimas autárquicas em que me vi obrigado a pedir às diversas forças políticas o "favor" de me enviarem o seu programa!!!! Para além disso, os programas são documentos políticos que estão formatados para captar votos e não para pensar o território como suporte da vida em sociedade. Só uma visão externa mas interessada, racional mas apaixonada, será capaz de, sem a pressão do tempo e das agendas, pensar convenientem